Em seu conceito formal, uma Organização Não Governamental (ONG) é uma instituição civil criada para promover ou defender causas, em diferentes esferas da sociedade: direitos humanos, meio ambiente, educação, economia global, entre outros temas. As ONGs são, em sua essência, entidades sem fins lucrativos, ou seja, não geram aportes financeiros. Porém, nos resta questionar: será mesmo que uma ONG não possui a capacidade de constituir outros tipos de capitais?
Em se tratando de capital humano, ecológico e cooperativo, o conceito de ONG pode mostrar outra perspectiva sobre geração de lucro.
Para Que e Para Quem São as ONGs?
As ONGs são constituídas para atuar no chamado “terceiro setor”, pois são organismos que atuam na sociedade civil, não possuem competição de mercado e também não surgem em decorrência de acordos entre governos. Antes, nascem da necessidade de uma gestão transparente e mais competente de recursos provenientes de empresas, filantropos e governos, destinados a ajudar países subdesenvolvidos, programas de preservação ambiental ou populações afetadas por catástrofes socioambientais. As ONGs realizam a ponte entre o mercado consumidor – de bens e serviços – os governos políticos de cada localidade e as pessoas que formam a sociedade. Nesse contexto, são agregadores de valor para instituições que precisam ou queiram aplicar conceitos de ESG em suas gestões.
Uma Organização Não Governamental tem a função de propor ideias e ações que intervenham nas relações entre os entes sociais, sempre pensando no bem maior e coletivo, com menor impacto ambiental e menor dano social. Essas ações podem ser traduzidas em alguns exemplos como:
– programas de preservação de ecossistemas locais;
– projetos de inclusão social através da capacitação para o trabalho;
– ações de combate à fome através da agricultura familiar;
– envio de equipes de ajuda humanitária em zonas de conflito ou áreas atingidas por desastres naturais;
– projetos de coleta seletiva de lixo e instalação de centros de reciclagem;
Dentre outros tantos temas que podem abranger as atividades de uma ONG.
As ONGs são criadas para as pessoas e para o meio ambiente. Seu propósito final é servir à sociedade e ao ecossistema, promovendo o bem e propondo soluções. São geridas através de financiamento governamental, privado ou público, além de doações da comunidade geral.
Os projetos de execução de uma ONG podem também ser submetidos a uma outra instituição, que tenha a finalidade de gerir as ações e os resultados dos projetos. É assim que a Oakpar Foundation se propõe ao abraçar projetos de diferentes causas, gerenciando os investimentos, o andamento dos cronogramas e garantindo que os recursos empregados sejam aplicados de forma eficiente e revertidos em resultados satisfatórios.
Através do Canal de Comunicação do site da Oakpar Foundation, ONGs podem submeter projetos dentro da abrangência das nossas áreas de atuação.
ONG: Um Novo Conceito de “Fins Lucrativos”
Sob a nova visão da gestão corporativa, o valor do capital de uma instituição não se mede mais apenas pelo montante em dinheiro que produz: o capital agora é agregado a ações combinadas de mercado, meio ambiente e promoção social.
As práticas de ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance) já são uma realidade dentro das corporações desde 2004 e, nesse contexto, as ONGs exercem a função primordial de incorporar um novo conceito sobre o que costumamos denominar “os fins lucrativos” de uma empresa.
Os fins lucrativos já não são contabilizados com análises gráficas de acumulação financeira, nem somente pela oscilação de mercado. O fim lucrativo, diante das novas perspectivas globais, é calculado medindo o quanto uma empresa é capaz de agregar valor, atuando em conjunto com a preocupação social e a preservação ambiental. Muito mais do que conseguir atender ao crescimento do consumo mundial, é necessário que os impactos causados pela expansão mercadológica sejam reduzidos ou eliminados, dando lugar à expansão da inclusão social, do cuidado ambiental e o olhar cuidadoso para as pessoas.